Já sabíamos que o "Seu Zé Pereira" vinha doente nos últimos 3(três) anos e acaba de falecer. O Zé Pereira não morreu de caganeira, mas sim por falta de cuidados. Quem não lembra do Zé Pereira há 10 anos ? Um evento grande, forte e muito prestigiado em todo Brasil. O melhor do Zé Pereira de Timon era aquela dúvida, qual bloco eu vou? Todos com boas atrações e com uma juventude animada, um verdadeiro Zé Pereira com emoção. Hoje nosso Zé Pereira não dá mais o frio na barriga e nem ansiedade de chegar na avenida e ver aquela festa linda. Lembro-me aqui dos domingos, onde via os homens fantasiados de mulher e muita maisena espalhada.
Hoje temos um Zé Pereira sem tradição e sem empolgação, isso deve a pura falta de atenção ao seu Zé Pereira quando antecipou-se a data para uma semana antes, quando tomou a "Errada" decisão de não ajudar os tradicionais blocos e quando encheu de regras uma festa que era popular para beneficiar "amigos" empresários. É nítido que Seu Zé Pereira não volta mais, pois erros continuam acontecendo, como esse ano de 2016 que não colocaram camarotes para vender excluindo a oportunidade da classe empresarial de compra, ou seja, diminuindo ainda mais o evento.
Hoje o Zé pereira é mais caro e menor, temos como exemplo quase 200 mil reais para bandas que não estão entre as melhores. Timon não era apenas um Zé Pereira qualquer, não eram apenas 2 dias de festa, era a alegria de um povo. O nosso mais belo canto, era o nome de Timon no calendário nacional cultural. Timon se preparava com alegria para receber os foliões de Teresina e municípios vizinhos, tamanha era a repercussão do evento. Os hotéis da cidade lotados, as costureiras felizes com a renda extra das customizações dos abadás. Os barraqueiros felizes com a boa renda ao final da festa. Quem adivinharia que um evento gigantesco que arrastava multidões teria um fim trágico como este.
Fica a saudade!! Timon está de luto, saibam que o finado Zé pereira não morreu de caganeira e sim por falta de cuidados. Quem sabe um dia bem distante, um milagre aconteça e "Seu Zé Pereira" ressuscite.
Por Kelrison Santos
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