Anuncie aqui

Anuncie aqui

Anuncie Aqui-2

Postagem Carrossel

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016 às 19:52

Artigo: Eleições 2016 em Timon

As eleições de 2016 em Timon prometem ser acirradíssimas. Já estão abertas as casas de apostas e já despontam os favoritos. Nas esquinas, nos bares, na fila do supermercado o assunto é um só: quem serão os próximos vereadores e quem será o próximo prefeito (a). Não conhecemos ainda uma fórmula para essas previsões, mas nem por isso deixamos de dar nosso palpite, apesar de haver surpresas como a do desconhecido Rafael Leitoa superar nomes consolidados da Professora Socorro e do Deputado Alexandre nas eleições 2014. Sabemos que uma eleição anterior não decide a posterior, mas elas são indicativos que nos postam a pensar: até onde a máquina vai? Nesse exemplo de 2014 ela foi decisiva para deputados estaduais, mas também foi inócua na de governadores. Será então que eleição para o Executivo existe um controle de qualidade maior? Como explicar então que Edvar Ribeiro tendo ao mesmo tempo o apoio da família mais poderosa do Brasil e da Prefeita Socorro Waquim, de enorme serviço prestado, tenha perdido a eleição para o atual Prefeito?

O que intriga muitos é que este cenário está de volta, mas agora com os papéis invertidos. O Prefeito de nossa cidade é amigo do Governador e o que as pesquisas dizem é que aquele se encontra em segundo lugar. Não poderíamos dizer que todo este poderio desmoronará.  Já se houve nas ruas que “nove pontos de diferença a máquina tira em duas horas de campanha”, ou, “temos o Chico com a gente, ele sabe o que faz”, mas é sábio afirmar, como dizia Belchior, que “o novo sempre vem’’.

É justo que ninguém esteja descartado nesse jogo e, mesmo sendo uma perigosa afirmação, que no dia 02 de outubro um grupo político acabará em Timon. Pode ser uma visão estreita, polêmica, mas é cabível. Esse prato saboroso que será servido em outubro agora seria mais bem apimentado, na verdade uma cereja do bolo, se as oposições se unissem. Há quem diga que esse acontecimento seria o golpe de misericórdia, que  as oposições unidas ‘‘de pé e o Luciano de carro não pegaria eles”. Outra questão a ser levantada é a psicologia política do nosso povo, o que faz essa gente escolher alguém para lhe representar. Acreditamos que o bom serviço prestado e os bonitos discursos não vendem mais como antigamente e se sobressai a curiosidade de que o eleitor está pulando para o galho mais forte.

O que se conclui disso é que a campanha vai ser vencida na pré-campanha, onde quem sair na frente dificilmente chegará atrás. Contudo meus amigos vai ser uma campanha brigada, disputada palmo a palmo, bonita, vai ser impressionante. Cada candidato colocará seus atributos, Professora Socorro sua experiência, Deputado Alexandre a renovação e o Prefeito Luciano defenderá sua gestão. No final, quem vencer terá que trabalhar dobrado para dar a nossa gente alguma satisfação e passar pela crise sem se arranhar e não é pessimismo dizer que o próximo prefeito (a) já poderá ter rejeição no primeiro ano de mandato, assim como 2013.

Irá se explorar então o que consideram como ‘’calcanhar de Aquiles’’, a fraqueza de cada um. Do Deputado Alexandre dirão que nunca foi prefeito, que não tem experiência. Da Professora Socorro que já foi prefeita e sua época passou. Em relação ao Prefeito, que não faz uma boa gestão. Um mercado de argumentos que nem o melhor economista pode dizer qual venderá mais.

Interessa-nos portanto discriminar e esmiuçar rasamente algumas considerações curiosas sobre o grupo de Luciano Leitoa, começando por ele. Algum passarinho cantou, talvez um tucano, que a política deva ser conduzida de forma que o ‘’público seja tratado como privado’’, e para os ouvidos não só do Prefeito mas de alguns competentes que lhe arrodeiam, isso seria a própria reencarnação da eficiência, a invenção do século. Não poderia recorrer aqui a nenhum sociólogo de renome porque me parece que eles próprios acreditam nisso e o impasse político do país, segundo esta ilusão, seria resolvido em um passe de mágica de um Abílio Diniz. A coisa piora quando este conceito, um pouco anglo-saxão, atinge à esfera da gestão de pessoas. Prefeitos inacessíveis, hierárquicos ao extremo, adoradores de relacionamentos verticais, avessos ao patrimonialismo e ao apadrinhamento seria o modelo ideal de gestores para o Brasil. 

Toda essa parafernália é usada pelo Prefeito de nossa cidade, que despreza o homem cordial , não se deixa travar intimidades com o nosso povo que tanto tem prazer em ser ‘’da cozinha’’, de dentro da casa de autoridades. Percebemos assim a falta de dinamismo social no próprio grupo. Quem era carregador de bandeira ainda hoje é carregador de bandeira. Seguido dessas observações, temos outra, consequência destas, que é a de que esse choque moderno implantado pelo Prefeito no tratamento de seu grupo acabou com a mais notável singularidade que demorou tanto tempo a ser conseguida por seu pai, a paixão por sua liderança. Hoje, dentro do PDT, não é mais ‘’Deus no céu e o Chico Leitoa na Terra’’. Basta conversar com os carregadores de bandeiras para perceber isso.

Uma questão a salientar é a falta de projeção de nomes no grupo. Não por falta-los, mas por não poderem projetar-se. A ausência do dinamismo também aí é forte. Não seria tolice dizer que vereadores nunca passarão de vereadores. Sabe-se que dois deles, jovens, um do PSB e outro do PDT, muito mais preparados que Luciano e Rafael, e é de rir-se, parece até que ‘’pisaram num despacho’’ pelo simples fato de que podem se destacar da forma que for, mas a martelada vai para o prego que está destacado.

Não faz mal lembrar que essas considerações são avisos que tem a mesma função da História que é nos ensinar os erros do passado para não repeti-los no futuro. Esperamos que textos como esse sejam um atestado daquilo que não existe mais e possamos ter uma Timon inventada pelos nossos valores e que as ideias importadas ou até mesmo ‘’bin aí’’ do Piauí, que fiquem por lá.

*Por Pedro Augusto (P.A) e advogado Igor Igreja 

Nenhum comentário:

Postar um comentário